Agosto Dourado: especialista responde as principais dúvidas sobre amamentação

14/08/2025
amamentacao

Especialista da UniSul responde os questionamentos mais comuns entres as lactantes

No mês de agosto, é celebrado um dos gestos mais poderosos que existem: a amamentação. Muito além de nutrir, amamentar é um ato de proteção e prevenção de doenças, vínculo e conexão entre uma mãe e um bebê, que fortalece laços e alimenta não apenas o corpo, mas também o coração. A campanha Agosto Dourado simboliza esse momento com a cor do ouro porque o leite materno é, de fato, um alimento precioso, considerado o padrão ouro para a saúde infantil. A iniciativa reforça a importância do aleitamento materno como base da vida, fundamental para o crescimento saudável do bebê e para o bem-estar físico e emocional da mãe.

Em meio a mitos, inseguranças e dificuldades que ainda cercam o tema, muitas mães têm dúvidas sobre como amamentar corretamente, o que fazer diante de dores ou feridas e como evitar problemas como o “empedramento” do leite. Para entender melhor o tema, a pediatra e professora de medicina da UniSul/Inspirali Flávia Schaidhauer, consultora em Lactação, esclarece as principais dúvidas sobre a amamentação.

Como saber se o bebê está mamando do jeito certo?

Um dos pontos-chave para o sucesso da amamentação é a pega correta. De acordo com a especialista, quando o bebê abocanha bem a mama, a amamentação se torna mais eficiente e confortável, além de reduzir riscos de fissuras, mastites e baixa produção de leite.

Os sinais de pega adequada:

  • A boca do bebê está bem aberta, cobrindo mais a parte inferior da aréola do que a superior.
  • O queixo toca a mama e o nariz permanece livre.
  • O lábio inferior está virado para fora e o superior em posição neutra.
  • O corpo do bebê está alinhado: orelha, ombro e quadril devem formar uma linha reta.
  • A mãe está em posição confortável, com as costas apoiadas e, se necessário, usando uma almofada para elevar o bebê até a mama.

Além disso, durante a mamada, os movimentos devem ser lentos e profundos, com deglutição audível e sem estalos ou covinhas nas bochechas, o que indicaria sucção ineficaz. “Uma boa pega garante a transferência eficiente do leite e evita complicações como dor, rachaduras e perda de peso no bebê”, afirma a especialista.

O que fazer em caso de feridas ou fissuras?

Se a mãe perceber feridas nos mamilos ou dor durante a mamada, o mais importante é buscar ajuda especializada o quanto antes. “O primeiro passo é corrigir a pega e o posicionamento. Não adianta tratar a fissura se a causa não for resolvida. Em alguns casos, é necessário avaliar também questões anatômicas do bebê e da mãe”, explica Flávia.

A professora reforça que cada tipo de fissura exige um tratamento específico, mas a correção da técnica de amamentação é essencial em todos os casos.

Como evitar o acúmulo de leite nas mamas? 

O chamado “leite empedrado” é outro temor comum entre as lactantes. A professora explica que esse quadro ocorre quando o leite não é drenado adequadamente, podendo causar dor e inflamação.“Quando o bebê faz a pega correta e mama com frequência, o esvaziamento da mama acontece naturalmente. Mas se há pressão externa como sutiãs apertados  ou longos intervalos entre as mamadas, isso pode causar retenção de leite”, explica.

A recomendação é usar sutiãs específicos para amamentação, que sustentem o peso das mamas sem comprimir, e evitar materiais sintéticos ou rendados. Além disso, é importante não pular mamadas, especialmente no início, quando a produção de leite ainda está se regulando.

Qual a melhor posição para amamentar?

De acordo com a professora, a melhor posição é aquela em que a mãe se sente confortável e o bebê consegue fazer uma boa pega. Não há uma única forma correta de amamentar, mas algumas posições podem facilitar o processo no início.“A posição tradicional, com o bebê deitado no colo, é a mais conhecida, mas, nem sempre, a mais fácil. Algumas mulheres se adaptam melhor à posição deitada de lado, ou até à ‘posição invertida’, que permite melhor controle da pega”, orienta.

O importante é que a mãe esteja com as costas apoiadas, os pés firmes no chão ou em apoio, e que o bebê esteja de frente para ela, com o corpo alinhado.

Para a professora, o sucesso da amamentação depende não apenas da técnica, mas também do apoio que a mulher recebe no pós-parto. Rede de apoio, acesso a profissionais capacitados e ambientes acolhedores fazem toda a diferença. “Amamentar é um ato natural, mas nem sempre é fácil. A mulher precisa ser apoiada, com informação e suporte, a maioria dos problemas pode ser resolvida”, conclui.

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