O profissional é essencial no contexto do Sistema de Saúde brasileiro, atuando próximo ao paciente e agindo na prevenção de uma série de doenças
Cada vez mais, a sociedade e o poder público vêm apostando em medidas preventivas, enxergando a saúde como algo a ser cuidado de forma constante e não apenas em situações de doença. Por isso, pode ser muito interessante aprender mais sobre o médico de família, compreendendo o que é, qual a função e sua importância.
Trata-se de uma área que vem crescendo substancialmente nos últimos anos, guardando excelentes oportunidades de cargos e remunerações elevadas, inclusive, na iniciativa privada, com vários estabelecimentos buscando profissionais com essa formação. Tem interesse? Então, continue sua leitura e aprenda mais sobre a especialidade.
O que é um médico de família?
É uma pessoa que se formou na faculdade de Medicina e depois concluiu uma residência médica na especialização de Medicina de Família e Comunidade, ou logrou aprovação na prova de título. Isso costuma ocorrer com quem atua na área por muitos anos e com quem realizou uma pós-graduação voltada para a especialidade.
Com isso, é possível atuar em diversos cenários, tanto no setor público quanto na inciativa privada, focado não apenas na abordagem das doenças, mas na compreensão do ser humano de maneira integral. Por isso, muito do foco do médico da estratégia de saúde da família está em hábitos de vida, medidas preventivas e na estruturação da relação com o paciente.
Onde esse profissional trabalha?
O médico de família e comunidade pode atuar tanto no setor público, quanto na iniciativa privada. É uma especialidade que tem muita demanda no mercado e abre excelentes possibilidades de remuneração e crescimento profissional, pois é útil para pessoas de todas as idades, gêneros, condições e contextos financeiros.
Por isso, existem oportunidades em clínicas, ambulatórios e hospitais, bem como em cargos administrativos e gestão de serviços. O mesmo ocorre em instituições de ensino e na pesquisa. A atuação se dá, sobretudo, em medidas de prevenção e promoção da saúde, além das condições mais recorrentes na população, como hipertensão, diabetes e assim por diante.
O médico de família trabalha sozinho?
Embora esse profissional tenha capacitação para atuar de forma individual nos mais diversos contextos do cuidado com o paciente, promove melhor resultado quando trabalha em conjunto com uma equipe multidisciplinar, preconizada e utilizada no âmbito da atenção primária no Brasil. Isso ocorre por se tratar de uma estratégia que enxerga o ser humano como um todo.
Por isso, as medidas de autocuidado, prevenção e tratamento contam com a sinergia de outros profissionais. Entre eles, estão enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, educadores físicos, dentistas, conselheiros tutelares e agentes comunitários. O médico, na maioria das vezes, coordena o atendimento e faz os devidos encaminhamentos.
Como é o atendimento?
O atendimento depende do caso e do paciente. Entretanto, a título de exemplificação, podemos pensar no contexto recorrente em muitas cidades brasileiras, que são as Clínicas de Saúde da Família. Trata-se do local em que podemos encontrar o maior número de profissionais da área, sobretudo, no setor público.
São duas formas de acesso: os agendamentos e a demanda livre, que é quando a pessoa tem sintomas e busca ajuda. O papel dos agentes comunitários também é relevante, pois fazem buscas ativas e verificam a situação da comunidade. Quem tem problemas de locomoção recebe visitas domiciliares, eventualmente, com outros membros da equipe multidisciplinar.
Qual a relação com outros especialistas?
Falando em encaminhamentos, não podemos deixar de reforçar a forte relação do profissional especializado em Medicina de Família e Comunidade com os outros especialistas. Uma das funções da atenção primária é, justamente, a de oferecer o primeiro atendimento e evitar o agravamento de doenças, promovendo um cuidado integral.
No entanto, em muitos casos, é preciso contar com um olhar mais apurado, especialmente, quando as condições estão descompensadas ou há a necessidade de procedimentos mais complexos. Por isso, no âmbito do SUS, é comum que sejam feitas algumas solicitações e direcionamentos para outras áreas, notadamente, na atenção secundária.
Qual a remuneração do médico de família?
Algumas pessoas, quando não conhecem a fundo as atribuições do médico de família e da atenção primária, acham que as remunerações podem não ser tão atrativas quanto em outras especialidades. Porém, trata-se de um erro significativo, pois a área está em alta e guarda algumas das melhores oportunidades dos setores públicos e privados.
É evidente que os salários variam muito de acordo com a localidade, sendo mais elevados nos maiores centros urbanos ou em municípios de difícil acesso, que desejam atrair profissionais. Em linhas gerais, a média salarial fica em torno de R$15 mil, oscilando entre R$12 mil e quase R$17 mil, em um patamar mais alto da carreira.
Quais as diferenças entre o médico de família e o clínico geral?
Muitas pessoas, até mesmo, do ramo da saúde, confundem as duas formações. No entanto, embora sejam áreas que guardem diversas semelhanças entre si, também têm diferenças significativas. O médico de família é aquele que tem titulação nessa especialidade, especificamente.
Já o clínico precisa ter feito residência ou especialização em clínica médica. A similaridade maior está, justamente, no amplo escopo de doenças e condições que são abordados por ambos, avaliando o organismo na totalidade. Porém, o médico de família tem esse direcionamento para questões mais sociais, inseridas no contexto do local de atuação.
Agora, você já sabe o que é, qual a função e importância de um médico de família. É um profissional cada vez mais valorizado no mercado de trabalho, tendo algumas excelentes oportunidades e sendo imprescindível em um país no qual medidas preventivas e cuidado primário são fundamentais para garantir o bem-estar dos cidadãos.
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