Saúde sexual: educação que protege e transforma

22/09/2025
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Especialista da Inspirali destaca a importância do bem-estar físico, emocional e social para as relações

Quando falamos em saúde sexual, muitos ainda reduzem o tema a “evitar gravidez” ou “prevenir doenças”. Mas, a verdade é que saúde sexual é muito mais: trata-se de viver a sexualidade com bem-estar físico, emocional e social, com respeito, segurança e dignidade.

Segundo Gianny Cesconetto, pediatra com especialidade em Medicina do Adolescente (Hebiatra) e professora da UniSul / Inspirali, o ponto crucial deste tema é que se os adultos não falarem sobre isso, os adolescentes aprenderão sozinhos com os amigos, na internet, ou com pornografia. “Quando isso acontece, os riscos são enormes, e essa é a importância de não nos calarmos diante do assunto”.

Para a Dra., o momento certo para começar uma conversa sobre saúde sexual não é na primeira relação, mas sim lá atrás, na infância, quando se ensina respeito ao próprio corpo, limites e cuidado com quem pode ou não o tocar. “Na adolescência, marcada por hormônios, descobertas e pressões sociais, a conversa precisa ganhar profundidade com os temas prevenção, consentimento, autoestima e relacionamentos afetivos saudáveis. Adiar esse diálogo é entregar nossos filhos às mãos de informações distorcidas e perigosas”, alerta.

Gianny destaca os três principais cuidados com a saúde sexual, que vão muito além da prevenção de uma doença ou gravidez precoce. São eles:

  • Proteção física: tratar o corpo como algo sagrado, não banalizado;
  • Proteção emocional: fortalecer autoestima e confiança;
  • Construção da identidade: compreender desejos, valores e limites.

“Quando há educação sexual, o jovem entende que pode postergar sua vida sexual até se sentir preparado. E, quando decidir viver, fará isso de forma mais responsável e segura”, complementa.

As principais medidas a serem repassadas e observadas, segundo a hebiatra, são: informações confiáveis, buscando orientação com profissionais de saúde para evitar fake news; prevenção, com mediação assertiva baseado em valores e no amor, que vai além de instruir o uso correto da camisinha e da escolha adequada de métodos contraceptivos; respeito e consentimento, reconhecendo limites próprios e do parceiro e  acesso ao sistema de saúde, com consultas regulares com médicos de família, ginecologistas, urologistas e especialistas em adolescentes.

“Educação sexual não é ensinar a fazer sexo, e sim ensinar sobre respeito, valores, sentimentos, limites e cuidado. É dar ferramentas para que os jovens façam escolhas melhores, mais tarde e com mais consciência. Por isso, ela precisa começar em casa, no ambiente familiar, ser reforçada na escola e acompanhada por profissionais de saúde”, declara.

Quando questionada sobre a relação da saúde mental e saúde sexual, a Hebiatra foi conclusiva: “Depressão e ansiedade podem comprometer o desejo e a autoestima e uma experiência abusiva pode deixar marcas profundas. Por isso, é importante entender que saúde mental e saúde sexual caminham juntas e o diálogo é o melhor antídoto”, explica.

Doenças Sexualmente Transmissíveis

As doenças mais comuns que afetam a saúde sexual são as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) como HIV, sífilis, HPV, gonorreia, clamídia e herpes genital. Além delas, existem disfunções sexuais, como dificuldade de ereção ou dor nas relações, e doenças ginecológicas, como endometriose e infecções pélvicas.

Segundo a Dra. Gianny, algumas dessas condições podem ser fatais ou trazer complicações graves se não forem tratadas. “O HIV, por exemplo, sem acompanhamento médico, compromete a imunidade. A sífilis pode atingir órgãos vitais. O HPV está relacionado ao câncer de colo do útero, pênis e orofaringe. A disfunção erétil está associada ao uso da pornografia pelos adolescentes já aos 12 anos de idade, além de desconexão emocional nas relações”, explica.

Para concluir, Gianny reforça que educação sexual não antecipa a vida sexual, mas sim protege, previne e posterga, se tornando a forma mais eficaz de garantir que os jovens vivam a intimidade com segurança, respeito e liberdade. “Como médica de adolescentes, afirmo: falar de saúde sexual é investir no futuro, porque o silêncio, esse sim, custa caro demais”, finaliza.

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