Pesquisa liderada por médico potiguar propõe novos protocolos para dor crônica e ganha destaque em um dos periódicos científicos mais influentes do mundo
Um estudo desenvolvido no Rio Grande do Norte acaba de alcançar um dos espaços mais prestigiados da ciência mundial: a revista The Lancet. A pesquisa é voltada para protocolos inovadores no tratamento da dor crônica e foi conduzida pelo médico e professor Nilson Mendes, com estudantes de Medicina da Universidade Potiguar (UnP).
A iniciativa integra uma série de artigos publicados como parte de um movimento internacional que busca preencher lacunas históricas na abordagem da dor na medicina contemporânea. “A ideia nasceu na Harvard durante meu mestrado, mas de uma mente aqui do RN. Estamos revelando soluções para um ponto cego gravíssimo da medicina sobre dor crônica, ignorado há décadas nos protocolos oficiais”, afirma Nilson.
A ponte entre ciência e prática clínica está sendo fortalecida semanalmente no Ambulatório de Medicina da Dor da UnP, onde os protocolos são aplicados com alunos e pacientes do Centro Integrado de Saúde (CIS). A ação permite validar, em cenários reais, as soluções propostas pela pesquisa e formar novos profissionais dentro de uma abordagem inovadora.
No ambulatório, são tratados todos os tipos de dores crônicas, incluindo lombar, cefaleia, fibromialgia e dores osteomusculares, impactando diretamente a qualidade de vida da população potiguar e contribuindo para o avanço da medicina da dor no Brasil.
Os resultados apresentados têm base nos protocolos clínicos autorais desenvolvidos pela NeuroPsy, startup médica fundada pelo doutor Nilson Mendes. As descobertas já vêm ganhando espaço também em outros grandes periódicos científicos, como o Journal of the American Medical Association (JAMA). Os dados mostram mudanças expressivas nos desfechos clínicos. “Antes, pacientes que sofriam com dores diárias hoje conseguem ter sua vida normal de volta. Isso tem implicação direta para hospitais, políticas públicas e prevenção de suicídio no Sistema Único de Saúde e na saúde suplementar”, explica.
Para ler o estudo na íntegra, acesse: https://www.thelancet.com/journals/lanhl/article/PIIS2666-7568(25)00106-0/fulltext.