Câncer de Cabeça e Pescoço: Brasil registra mais de 40 mil casos por ano

24/07/2025
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Especialista da Inspirali alerta para a importância da prevenção e diagnóstico precoce

Responsável por muito sofrimento físico, emocional e social, o Câncer de Cabeça e Pescoço acomete cerca de 40 mil pessoas por ano no Brasil, totalizando 120 mil casos entre o período de 2023 a 2025, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). No mês de conscientização e combate à doença, a Inspirali, ecossistema que atua na gestão de 15 escolas médicas em diversas regiões do Brasil, convidou o Dr. José Francisco Teixeira, especialista em Clínica Médica e Oncologia e professor da Unisul/Inspirali, para responder algumas dúvidas sobre o tema. Confira:

  • O que é câncer de cabeça e pescoço e qual a região exata ele se manifesta?

R: Os chamados tumores de cabeça e pescoço englobam uma série de tumores que ocorrem a partir da malignização de células anteriormente saudáveis; a principal é a célula epitelial, que reveste todas as estruturas da cabeça e do pescoço como cavidade oral (língua e assoalho da língua, lábios, gengiva, palatos duro e mole, etc), nasofaringe (amígdalas, pilares amigdalianos, cavidade nasal, etc), laringe e cordas vocais, orelhas, condutos auditivos, tireoide, entre outras.

  • Como a doença se manifesta?

R: No Brasil são acometidas aproximadamente 40.000 pessoas por ano com 10.000 óbitos no mesmo período. A doença engloba exacerbado sofrimento físico, emocional e social, visto que usualmente apresenta-se com crescimento lento e consequente má resposta ao tratamento quando diante de doença avançada; em regra, o diagnóstico é tardio; estruturas inervadas sendo comprimidas e gerando dor severa; afastamentos de atividade laborativa por longo período com redução de rendimentos e frequentemente longos períodos de internação hospitalar, seja por efeitos colaterais do tratamento ou complicações da doença.

As manifestações clínicas dependerão de qual órgão está sendo comprometido pelo tumor: úlceras em cavidade oral, lábios e orelhas que não cicatrizam, rouquidão e dor para engolir persistentes, aumento de volume abaixo da mandíbula ou pescoço, dor de ouvido sem alteração inflamatória ou infecciosa aparente, dentes que amolecem e caem sem causa conhecida, sangramentos persistentes.

  • Quais as formas de prevenção?

R: A prevenção deve ser realizada através de valiosas atitudes como evitar o compartilhamento da fumaça do cigarro (fumante passivo) ou suspensão definitiva do tabagismo, evitar ou abrandar o consumo de álcool e vacinação contra o vírus HPV, disponível na rede pública de saúde.

  • Quem está mais suscetível a desenvolver a doença?

R: Os homens, numa proporção de três para um, são mais suscetíveis de serem acometidos por tal enfermidade em relação às mulheres, principalmente por exposição mais acentuada aos principais fatores de risco: fumo e álcool. Importante ressaltar o papel do vírus HPV 16, sexualmente transmitido, igualmente agente causal de tais tumores.

  • Existe tratamento? Quais os métodos?

R: Usualmente há as seguintes modalidades de tratamento: cirurgia, quimioterapia, imunoterapia e radioterapia. A escolha do melhor recurso terapêutico, isolado ou em conjunto, e consequentemente dos efeitos colaterais e do resultado objetivando a cura, dependerá fundamentalmente da extensão da doença, de comorbidades existentes como hipertensão, doenças cardíacas, pulmonares, renais, entre outros, e do desejo da pessoa acometida em tratar-se. Neste momento, é crucial a participação da família e de uma equipe multidisciplinar bem treinada, para minimizar os efeitos deletérios do tratamento e dar todo o suporte, inclusive emocional, de fundamental importância.

  • Como é feito o diagnóstico?

R: O diagnóstico será obtido através de biópsia da área suspeita. Na sequência, serão realizados exames de imagem e laboratoriais para determinar a extensão da doença e a melhor opção terapêutica.

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